Mito? Maratonas x Doenças Cardíacas

Atualmente existem dados na literatura científica apontando que a prática constante de maratona pode estar associada a doenças cardíacas. Dentre as doenças investigadas a calcificação coronariana se destaca. Ela eleva os riscos de doenças cardíacas através do aumento das placas ateroscleróticas.

Em 2017 Roberts e colaboradores através de artigo publicado no American College of Cardiology analisou – O treinamento e a competição de maratona a longo prazo afetam negativamente o perfil de risco cardiovascular nas mulheres?

Método

O Escore de Cálcio Coronariano (ECC) foi analisado através da angiotomografia em um grupo de 26 mulheres que corria pelo menos 1 maratona por ano em um período de 10-25 anos. Foi comparado a um grupo controle com 28 mulheres sedentárias.

Resultados

As corredoras apresentaram contagens significativamente mais baixas de ECC. Menor prevalência de lesão e volume de placa calcificada total do que o grupo controle.

Cinco das 27 corredoras (14%) tiveram doença arterial coronariana assintomática. Em comparação com 14 das 28 mulheres sedentárias (50%). As 5 corredoras tiveram menos tempo correndo maratonas e mais fatores de risco cardiovascular do que as outras mulheres corredoras.

Conclusões

Em geral, correr maratona anualmente por até 33 anos não parece acelerar a formação da placa aterosclerótica em mulheres no presente estudo.

Portanto, a longo prazo, o alto volume de treinamento não parece afetar negativamente a saúde cardiovascular e longevidade. É provável que o desenvolvimento da placa em mulheres maratonistas esteja relacionado com a idade mais avançada e outros fatores de risco cardiovascular. O que é o caso das mulheres sedentárias.

Perspectiva

O treinamento de maratona a longo prazo e a competição (exercício de resistência extrema) mostraram aumentar as características da placa coronária calcificada em corredores masculinos versus seus controles sedentários.

Este não foi o caso em estudo de mulheres ligeiramente com menos tempo de maratona. Mais pesquisas são necessárias para explorar os efeitos a longo prazo do exercício de resistência extrema na saúde cardiovascular e longevidade em homens e mulheres.

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